A Doença do Refluxo Gastroesofágico é caracterizada pela passagem da secreção gástrica ácida que existe no estômago para o esôfago, ao invés de seguir o fluxo da digestão. Diversos fatores podem causar refluxo, como refeições copiosas, aumento de peso, gravidez, tabagismo, asma, obesidade e diabetes.
“A alimentação está intimamente ligada com a doença e ingerir chocolate, fritura, café e bebida alcoólica em grande quantidade pode facilitar e promover refluxo, e com isto contribuir para o desenvolvimento da doença”, afirma o médico gastroenterologista Carlos Saul, Chefe do Serviço de Endoscopia do Hospital Universitário de Canoas, administrado pelo Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (GAMP).
Este é um problema frequente em adultos. Estudos mostram que em torno de 10% a 12% da população adulta é portadora de sintomas da DRGE. “Observamos que tem aumentado o número de pacientes com estas queixas. É uma doença que, se não tratada adequadamente, traz acentuada queda na qualidade de vida dos pacientes, e pode levar a complicações como estreitamento do esôfago, sintomas respiratórios importantes e, em um número pequeno de casos, levar ao surgimento no esôfago distal, de um tipo de epitélio que pode ter relação com surgimento tardio de câncer esofágico”, afirma Saul.
Os sintomas mais frequentes são azia e regurgitação, mas também os pacientes podem ter dor no peito, sintomas respiratórios (tosse seca, laringites, faringites), disfagia (dificuldade para engolir), distúrbios do sono e outros menos comuns.
O tratamento é eminentemente centrado na correção dos fatores causais da afecção, na correção de hábitos de vida e de hábitos higienodietéticos. “O ideal é evitar ou reduzir a ingestão de refrigerantes e bebidas gaseificadas, alimentos gordurosos e picantes e alguns alimentos específicos como farináceos (pães, bolos, doces), bem como manter uma dieta com fibras, frutas, cereais e legumes frescos”.
De acordo com o médico, os medicamentos fazem parte importante também do tratamento, principalmente numa fase inicial. “A cirurgia tem sua participação quando o fator causal maior for uma hérnia na transição esôfago-gástrica. A DRGE é uma afecção que o paciente terá que tomar cuidados com ela durante toda sua vida”.
Nas crianças
O refluxo também é comum em bebês, devido ao amadurecimento anatômico e funcional de estruturas importantes na fisiologia digestiva da deglutição e da digestão, que ocorre nos primeiros meses da vida. “A evidência maior é a regurgitação, mas também há queixas da criança quando da alimentação, pelo incômodo e os sintomas que a alimentação desperta nestas. Tem também tratamento médico, onde medicamentos são utilizados para reduzir a quantidade de secreção ácida que retorna ao esôfago, e também para auxiliar o esvaziamento gástrico, e caso a regurgitação permaneça por tempo prolongado, é aconselhável os pais levarem esta criança à consulta com o Gastropediatra”, finaliza Saul.
Sintomas do refluxo:
• Azia
• Dor no peito
• Náusea após as refeições
• Tosse
• Rouquidão
Sortimentos.com Revista de Turismo, Decoração, Saúde, Gastronomia, Moda e Beleza
Sortimentos.com Turismo, Sortimentos.com Gastronomia, Sortimentos.com Moda – Sortimentos.com Beleza -Sortimentos.com Saúde – Sortimentos.com revista virtual