Pediatra Paulo Nader do Hospital Universitário de Canoas alerta sobre sarampo

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SARAMPO

Casos da doença confirmados em Porto Alegre preocupa especialista de Canoas, cidade vizinha.
O sarampo, depois de ter sido erradicado, voltou a assolar o país. Em Porto Alegre, são vários casos da doença confirmados pela Secretaria Estadual de Saúde, o que preocupa o pediatra Paulo Nader, médico do Hospital Universitário de Canoas.
REUNIÃO
A Secretaria da Saúde realiza, na terça-feira (17.07.18), às 9h, reunião para discutir e elaborar estratégias para a campanha de vacinação contra a poliomielite e o sarampo, que acontece em agosto no país. A mobilização vai reunir o poder público e entidades, como o Rotary Internacional. A reunião ocorrerá na Secretaria da Saúde, no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff).
DOENÇA VIRAL – SARAMPO
Segundo Nader, o sarampo é uma doença viral e extremamente contagiosa, que foi bastante comum na infância, em uma época em que a cobertura vacinal não era adequada. “Podemos identificar o sarampo pelos sintomas de febre acompanhada de tosse persistente, irritação ocular com vermelhidão e coriza. De dois a três dias, há o aparecimento de manchas avermelhadas, iniciando no rosto, progredindo em direção ao tórax e abdomen, atingindo as extremidades”, explica o médico.
A transmissão da doença pode ocorrer de pessoa para pessoa e é mais comumente transmitida na fase em que o paciente apresenta os primeiros sintomas. A recomendação para evitar o contágio é que “além de estar vacinado, lavar bem as mãos, evitar ambientes fechados e não entrar em contato com outras pessoas que apresentem lesões avermelhadas no corpo”, diz o especialista.
A forma mais eficaz de se prevenir da doença é a vacina. Em Canoas, os postos de saúde estão equipados para atender a demanda de vacinação contra o Sarampo nos grupos de risco (pessoas de seis meses a 39 anos de idade). Em caso de suspeita, o pediatra orienta que o paciente procure um profissional da área, pois o sarampo pode causar infecção nos ouvidos, pneumonia, encefalite e levar à morte.
Nas Américas, segundo a Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), 11 países já haviam notificado a doença até abril de 2018. A disseminação se iniciou pela Venezuela, que registra o maior número de casos. No Brasil, até o final de maio, foram registrados mais de mil casos suspeitos da doença.