Segundo o psicólogo e escritor Alexandre Bez quando o consumo de alimentos é excessivo e foge do controle no padrão alimentar podemos classificá-los em “Compulsão Alimentar Clássica” e “Transtorno Alimentar Agudo”.
Em primeiro lugar há a iminência em se distinguir quando há uma atitude alimentar isolada de um padrão continuo compulsivo alimentar, que são os que levam as cirurgias bariátricas.
A compulsão alimentar pode indicar uma carência especialmente no público feminino, pois há uma necessidade em se preencher a lacunas da alma provocadas pelos fatores inconscientes. Ela pode indicar também a dificuldadde em se controlar na administração do alimento, nesse caso sugerindo uma tendência maior do público masculino. Eles vão comendo de tudo sem pensar, não havendo censura ou filtro mental para coibir essas ações.
Nas ações de compulsão alimentar passageira não há um padrão estabelecido e continuo. Ambientes festivos, reuniões com amigos, festas aleatórias “podem impulsionar” essa conduta de comer até não aguentar mais. Seria como ter uma legenda no cérebro dizendo “pode comer a vontade, hoje é permitido”.
Diferente da compulsão alimentar clássica o transtorno alimentar agudo (compulsão ocasional) não gera culpa, vergonha ou embaraços pessoais. O transtorno alimentar de compulsão ocasional não mantém nenhuma relação com a bulimia embora os sintomas sejam semelhantes. A diferença é que a pessoa come de tudo sem provocar vômito.
Embora sejam dois transtornos com a mesma sintomatologia ambos se diferenciam pela frequência, qualidade, duração e intensidade. Aquele que é ocasional pode migrar para um padrão continuo e estabelecido, deixando assim de ser agudo e se tornando crônico.
Alexandre Bez destaca alguns fatores emocionais que podem provocar uma compulsão alimentar ocasional:
– Depressão;
– Ansiedade;
– Transtorno bipolar;
– Abuso de substância;
– Stress;
– Insônia;
– Baixa autoestima;
– Problemas da imagem corporal;
“Aspectos de criação na infância, fatores ambientais, familiares e genéticos podem influenciar, mas a compulsão alimentar ocasional pode ser revertida com terapia pessoal, ansiolíticos e antidepressivos”, finaliza o psicólogo.
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