Ginasta Diego Hypólito
O programa Melhor da Tarde com Cátia Fonseca, da Band TV, contou na quinta-feira (10.05.18) com a presença do ginasta medalhista olímpico Diego Hypólito. Além de relembrar alguns momentos marcantes de sua carreira, o atleta, mais uma vez, abriu o jogo e falou sobre o bullying e assédio que sofreu durante a infância nos centros de treinamento esportivos.
Denunciar é importante
Logo no início do bate-papo, Diego aproveitou para reforçar a importância de denunciar e principalmente a dificuldade de se fazer isso. “Crianças não são culpadas”, pontua o atleta, que prossegue: “O esporte é muito importante, mas o mais importante é a formação das crianças”.
No decorrer da conversa, ao ser questionado pela apresentadora Cátia Fonseca sobre a recepção das pessoas em relação às suas declarações, o campeão contou: “Muitos atletas me procuraram depois que falei, alguns positivamente, outros negativamente”. Ele explicou que muitos sentiram-se expostos ao perceberem que poderiam ser associados às situações narradas por terem treinado com o atleta, no mesmo clube e na mesma época.
Minutos de fama ?
Diego ainda relata que disseram que sua intenção era chamar a atenção: “Falaram que eu queria meus 10 minutos de fama. Quem com dez anos quer sentar em uma pilha? ”. Mesmo diante das críticas e desconfianças o esportista dispara: “Expor isso está sendo me libertar. Não tenho arrependimento nenhum de ter falado, me sinto bem”.
Ao longo do programa, o atleta ainda revelou que decidiu se manifestar em um momento em que não suportava mais, mas que essa não foi a primeira vez em que expôs seus sentimentos: “Na minha biografia, a qual eu estou adiando a publicação há algum tempo, eu relatei todas essas situações e, justamente por isso, tinha medo de publicar”.
Difícil apoio
Por fim, o ginasta também falou sobre sua agenda de competições e a situação com os patrocinadores: “Estou sem nenhum patrocínio individual e a ‘Caixa’ está deixando o patrocínio do meu clube”. Para o Futebol a Caixa disponibiliza quase 100 milhões de reais de patrocínio. Já para os outros esportes nada ou quase nada. Ser atleta de esportes olímpicos no Brasil é uma aventura sem reconhecimento.