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Dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) geram estimativa de crescimento de 5,6% na cadeia do setor da moda no Rio de Janeiro que conta com cerca de 5 mil indústrias gerando 70 mil empregos, conforme dados da Federação da Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Considerando a cadeia como um todo, incluindo o comércio, são contabilizados quase 26 mil estabelecimentos. As informações foram obtidas na terça-feira (02.10.18) no Conecta Moda durante o 1º Encontro Estadual das Empresas de Moda do Rio de Janeiro.
Moda Fluminense
“Nós sabemos que existe um ressentimento no varejo. Muitas lojas fecham. Mas o pessoal que trabalha com moda é muito criativo e tem encontrado outros tipos de possibilidades como lojas colaborativas, eventos, venda online, alternativas que propiciam a sobrevivência das empresas mesmo com as dificuldades da economia”, diz Fabiana Pereira Leite, coordenadora de moda do Sebrae-RJ.
“A força empreendedora da moda no Rio é muito forte. E 96% dos negócios do setor envolvem micro e pequenas empresas. Daí a importância deste tipo de iniciativa. Muitas vezes, o empresário está procurando um parceiro ou um fornecedor em um outro local, em outro estado, e pode ser que exista um ao seu lado sem que ele conheça”, diz Fabiana. Ela acredita que o encontra possa contribuir para o surgimento de novos produtos e processos produtivos.
A coordenadora de moda do Sebrae-RJ explica ainda que as parcerias são relevantes, sobretudo porque o setor vem abraçando a ideia de uma economia circular. “Há uma preocupação muito grande com o propósito da marca, e elas apostam na sustentabilidade, na cultura colaborativa. O empresário que cria uma marca de moda nova precisa ter algo a dizer, porque também o consumidor está interessado em saber a origem da matéria prima e detalhes de quem produz. E as empresas que não nasceram com este viés, estão correndo atrás do prejuízo”.
Conecta Moda
Cerca de 130 empresas participaram do Conecta Moda, sendo 45% da região metropolitana, mas com representantes de todas as regiões do estado. Entre elas produtoras de vestuário, roupa íntima, moda de praia, chapeus, joias, calçados e bolsas, além de fornecedores de aviamentos, componentes, tecidos e manequins e lojas compradoras para venda no varejo.
Negócios e Mercado
Em 2017, as vendas ao exterior totalizaram US$ 26,6 milhões, um avanço de 6% em relação ao ano de 2016. Somente no segmento de moda íntima, o estado registrou um crescimento de 114% das exportações. As empresas fluminenses também responderam por cerca de metade de tudo o que o Brasil exportou de moda de praia. “Foi um dos primeiros setores em que as contratações voltaram a crescer, com um destaque para Nova Friburgo, onde temos o polo de moda íntima”, disse Ana Torres, coordenadora dos setores de Desenvolvimento das Indústrias de Bens de Consumo da Firjan, fao observar pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). “É hoje a segunda maior geradora de empregos no estado. Então, tem uma importância social muito grande. Sempre tem muitas empresas novas entrando. É um setor que não tem muita barreira de entrada e é bastante movimentado, com produtos sendo lançados a cada semana”, concluiu Ana Torres.
Por Léo Rodrigues – Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro | Edição : Fábio Juchen / Sortimentos